Chefe de gabinete de Obama pede ajuda a montadoras

O chefe de gabinete do presidente eleito Barack Obama exortou uma ação rápida para socorrer a indústria automobilística dos EUA, que está em perigo em virtude da dramática queda nas vendas, corte de empregos e aperto no crédito. “Washington precisa considerar avançar rapidamente os US$ 25 bilhões que foram proporcionados para reequipar as fábricas para, basicamente, frotas de automóveis mais eficientes no consumo de combustíveis”, disse Rahm Emanuel, em entrevista para a rede CBS.

Em sua primeira entrevista para uma tevê desde que foi nomeado chefe de gabinete de Obama, Emanuel disse que o presidente eleito pediu para sua equipe econômica estudar uma variedade de opções com objetivo de dar impulso à indústria automotiva.

Contudo, ele também exortou para que a administração atual e o Congresso se movam rapidamente para salvar as montadoras em dificuldades, que pediram aos legisladores mais US$ 25 bilhões em empréstimos garantidos pelo governo para evitarem um iminente colapso.

Esse fluxo de caixa se somaria aos US$ 25 bilhões em empréstimos garantidos recentemente autorizados pelo Congresso como parte de um grande pacote de socorro econômico, para ajudar as montadoras a desenvolverem veículos mais eficientes no consumo de combustíveis.

“Como o presidente eleito Obama disse ao longo da campanha e, até recentemente na sexta-feira… a indústria automobilística é uma parte essencial de nossa economia e uma parte essencial de nossa indústria de base”, disse Emanuel.

Ele declinou em dizer se Obama apóia um apelo da presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, e do líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, para transferir uma parte ainda maior dos recursos do pacote de socorro de US$ 700 bilhões para o setor automotivo.

“O presidente eleito Obama tem repetido que existe um presidente, uma administração de cada vez e, portanto, você não quer passar na frente disso”, disse, enquanto a equipe de transição de Obama se prepara para tomar o lugar da administração do presidente George W. Bush no dia 20 de janeiro. Contudo, Emanuel disse que existem autoridades dentro do governo atual que consideram que a administração federal deve ajudar a indústria automobilística.

Na sexta-feira, a maior montadora dos EUA, a General Motors Corp, alertou que poderia ficar sem caixa no primeiro semestre do próximo ano sem uma grande injeção de dinheiro. A GM também informou que havia suspendido as negociações para adquirir outra montadora em dificuldade, a Chrysler LLC.

A Ford Motor Co também anunciou pesadas perdas financeiras e planos para cortar um número adicional de 10% de seu custos com trabalhadores assalariados na América do Norte, citando o impacto de uma desaceleração global que há tinha enfraquecido gravemente a indústria automobilística dos EUA. A Ford, segunda maior montadora dos EUA, disse que perdeu US$ 129 milhões no terceiro trimestre e que tinha consumido US$ 7,7 bilhões do caixa. As informações são da agência AFP citada pela Dow Jones.