Um lote de diamantes avaliados em US$ 22 mil – retirados do leito do Rio Tibagi – foi certificado ontem no Paraná e segue para a Bélgica. Esse foi o segundo lote de pedras certificadas no País pelo processo Kimberley, que é uma certificação mundial criada há um ano pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse processo foi estabelecido para legalizar as exportações, evitando que o comércio de diamantes financie conflitos armados, iguais os registrados em Serra Leoa, na África.

Segundo o chefe do 13.º Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral, Wadir Brandão, essa certificação é válida em todo o mundo, e atesta que o produto foi extraído de um local regularizado, obedecendo a legislação mineral e ambiental do país. O nome da certificação é em homenagem à cidade de Kimberley, que fica no Sul da África e abriga a maior mina de diamante do mundo de rocha kimberlito.

Apesar do diamante certificado ontem ter sido retirado do antigo leito no Rio Tibagi, no Paraná, o Estado é considerado inexpressivo no setor, afirma Brandão. As maiores produções ficam em Mato Grosso e Minas Gerais.

No ano passado o Brasil produziu 500 mil quilates de diamantes, que renderam uma US$ 32 milhões em exportações. Esse valor foi 150% vezes maior que o exportado em 2001, que perdeu muito com a variação cambial. Os principais mercados compradores do Brasil são Bélgica e Estados Unidos, e além do uso joalheiro, o diamante também é utilizado nas área de informática, ferramentas de corte e materiais cirúrgicos.

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