Centrais pedem queda do juro e mais empregos

Brasília – Mais ousadia para realizar mudanças, metas semestrais para a taxa de juros e crescimento do emprego, além de reajuste do salário mínimo de seis em seis meses, acima da inflação. Estas são algumas propostas que cinco centrais sindicais, entre elas as duas maiores – Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical – vão apresentar hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda Antônio Palocci, durante a quarta reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília.

Não bastasse o documento do próprio conselho, que dá estocadas no Roteiro para a Nova Agenda de Desenvolvimento Econômico, preparado pelo governo, os sindicalistas decidiram elevar o tom das críticas à política econômica de Palocci. Resultado: ele sairá da reunião com dois calhamaços pedindo um caminho alternativo.

Diplomático, Palocci procurou esfriar a polêmica. “Saber escutar é positivo”, afirmou. “Eu e o presidente Lula estamos muito seguros em relação à política econômica e ao ajuste que foi feito. Então, sempre trataremos sugestões com a mente aberta buscando fazer o melhor para o País.” Na prática, porém, as propostas têm causado mal-estar no Planalto, já que põem na berlinda os principais pilares da política econômica.

“O governo está patinando e, como somos conselheiros, temos o direito de dar conselhos a Lula. O Palocci está sendo mais realista do que o rei, economizando mais do que o FMI pediu”, cutucou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. “É preciso fazer pressão”, completou Luiz Marinho, presidente da CUT.

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