CEF e BB anunciam redução dos juros

Assim como fez o Banco do Brasil ontem, a Caixa Econômica Federal também se antecipou à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e anunciou a redução das taxas de juros de seus empréstimos. Segundo o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, atendendo ao pedido do setor produtivo e de uma orientação do governo para que os bancos oficiais comecem a reduzir suas taxas para reduzir o spread bancário, a Caixa vai baixar as taxas de juros do cheque especial, do crédito para pessoa física e para empresas a partir de agosto. As taxas do cheque especial cairão de 7,49% para 7,33% e de 5,85% para 5,48% (a Caixa tem duas taxas do cheque especial, que dependem da relação do cliente com o banco e do prazo para pagamento). A taxa do crédito pessoal vai passar de 4,45% para 4,32%. Já as taxas cobradas para desconto de duplicata cairão de 2,18% para 1,70% e de 5% para 4,8% (a Caixa também tem duas taxas, que dependem do valor da duplicata e do relacionamento da empresa com o banco). Já os juros cobrados pela antecipação do 13.º salário cairão de 3,41% para 3,20%.

“O fato de o Banco do Brasil e da Caixa tomarem a iniciativa significa que os bancos estão mais sensíveis a este chamado do setor produtivo e do próprio governo”, afirmou.

Mattoso frisou que a Caixa fará essa redução dos juros porque acredita que a economia vai crescer 3,8% este ano. Antes, a Caixa previa um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

“Estamos apostando na queda dos juros e no aumento da clientela para preservar a lucratividade da Caixa”, afirmou.

Mattoso afirmou também que a decisão do banco de se antecipar à queda da Selic faz parte de uma estratégia de aumentar a clientela e o lucro do banco. Segundo ele, o lucro da Caixa no semestre vai superar R$ 600 milhões, ficando dentro da projeção. Os números serão divulgados nas próximas semanas. O presidente da Caixa observou, no entanto, que a queda dos juros este ano fará com que o lucro dos bancos caia.

“Em 2004, o lucro dos bancos será menor do que em 2003. Isso é inevitável”, afirmou.

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