Cattalini anuncia dragagem do píer interno de seu terminal no Porto de Paranaguá

A Cattalini Terminais Marítimos, que atua no segmento de transporte de graneis líquidos, anunciou ontem que deve iniciar, na próxima segunda-feira, a dragagem do píer interno de seu terminal no Porto de Paranaguá, no litoral do Estado. A obra deve ser realizada pelos próximos cinco meses, com investimento de US$ 1,5 milhão. O valor deve ser proveniente da própria empresa.

De acordo com o diretor-superintendente da Cattalini, Cláudio Fernando Daudt, a dragagem será realizada em 150 metros laterais e em seiscentos metros de comprimento do berço do terminal. Com isso, a profundidade do píer irá passar de 7,2 metros para 10,5 metros.

?Com o aumento, poderemos ampliar nossa capacidade de operação. Hoje, embarcamos e desembarcamos entre 1,8 milhão e 2 milhões de metros cúbicos de graneis líquidos por ano. Após a dragagem, poderemos, utilizando 80% de nossa capacidade instalada, movimentar até 500 mil metros cúbicos a mais. Se esta meta for atingida, podemos incrementar em US$ 250 milhões a balança comercial do Paraná?, afirma.

Com a obra, a Cattalini também pretende aumentar sua capacidade competitiva, ampliando as vantagens do Porto de Paranaguá em relação ao Porto de Santos, em São Paulo. No ano passado, a empresa foi responsável por 60% das exportações brasileiras de óleo de soja e embarcou 650 milhões de litros de álcool, volume 53% maior que o verificado em 2005.

?Queremos diversificar nossos serviços e trazer outros produtos para o Porto de Paranaguá. Vamos buscar mercado no interior de São Paulo, em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul?, destacou Daudt.

A dragagem – que será realizada pela empresa Clifa, de Lageado, no Rio Grande do Sul – foi autorizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Com a obra, serão retirados 350 mil metros cúbicos de areia da área do terminal. A mesma deve ser utilizada para aterro em área pública do porto, no cais leste. Em paralelo à dragagem, por exigência do IAP, a Cattalini terá que financiar um projeto de recuperação da bacia hidrográfica do Rio do Pinto, que deságua na Bacia de Antonina. O valor do projeto ainda está sendo analisado. 

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