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Castello Branco: Não quero mais ouvir a expressão ‘política de preço’

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse durante evento do Credit Suisse, nesta terça-feira, 29, que defenderá um “mercado vibrante e com competição” na questão dos preços dos combustíveis. De acordo com o executivo, ele não quer mais ouvir a expressão “política de preço”. “Vocês já ouviram política de preço do iPhone? Política de preço do feijão? Não existe política de preço. Existe mercado”, defendeu.

De acordo com o executivo, seu objetivo é fomentar um preço que seja impessoal e que cada um tenha sua estratégia. Na ocasião, defendeu maior concorrência como forma de liberar o preço. Para tal, disse que sua administração está “estruturando os melhores pacotes a serem oferecidos ao mercado. Não pretendemos nos restringir a um programa tímido de vendas… restringir compradores. Qualquer um pode entrar”, afirmou.

Ao falar sobre o preço, Castello Branco fez referência ao diesel, foco de uma grave turbulência no ano passado. Diante da política de preços adotada pelo ex-presidente Pedro Parente, caminhoneiros foram às ruas protestar. A manifestação, que teve efeito forte sobre a economia brasileira, custou o cargo de Parente.

Castello Branco se limitou a dizer que “para evitar impacto sobre os caminhoneiros, o mercado oferece proteção”. O executivo foi procurado para dar mais detalhes ao fim da palestra, mas não falou com a imprensa.

Cessão onerosa

Castello Branco defendeu que a conclusão das negociações sobre a cessão onerosa é algo tanto do interesse do governo, quanto da empresa. “(Ambos têm) interesse em concluir negociação no período de tempo o mais curto. Se possível em 30 ou 60 dias”, afirmou, durante o evento.

Provocado, o executivo também fez forte defesa pela mudança da regulação do setor de petróleo, que “terá de ser revisto”. Como exemplo, Castello Branco disse ser profundamente contrário ao conteúdo local. “Tenho discutido isso com meus colegas que estão trabalhando na abertura da economia brasileira. O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo. Isso não trouxe benefício algum. Não faz sentido conteúdo local”, afirmou.

De acordo com Castello Branco, não faz sentido a empresa pagar mais só porque o fornecedor tem bandeira brasileira. “Você esta defendendo seus interesses pessoais, não do País”.

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