Carga tributária chegou a 33,36% do PIB

O peso da arrecadação de impostos em todas as esferas de governo atingiu 33,36% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2001. Foi a maior taxa desde 1947, quando se começou a pesquisar esse tipo de estatística no Brasil, segundo o IBGE. O crescimento foi necessário, informou o IBGE, para compensar o aumento do endividamento público, que subiu por causa dos juros maiores e da alta do dólar.

Em 1997, a participação dos impostos no PIB era de 28,58% e cresceu gradativamente até 2001.

Com uma necessidade de financiamento de R$ 44,25 bilhões em 2001, segundo o IBGE, o governo foi obrigado a elevar a carga tributária como forma de compensar o aumento dos juros e do dólar -ambos fazem crescer a dívida pública.

Em valores, o aumento da arrecadação ficou em R$ 54,55 bilhões em 2001. Foi patrocinado principalmente pela elevação de contribuições previdenciárias e de alguns impostos (CPMF e PIS/Cofins), segundo o IBGE.

Também ajudou a aumentar a carga tributária a migração de investidores da poupança – que é isenta – para aplicações mais rentáveis, como os fundos DI, por exemplo. Exceto a poupança, todos os outros investimentos pagam Imposto de Renda.

No Estados, a arrecadação de ICMS subiu por causa das expansão dos setores de combustíveis – cujos preços aumentaram devido a alta do petróleo – e de comunicações.

Na esfera federal, houve, em 2001, um crescimento do pagamento de juros da dívida pública. Passou de R$ 71,23 bilhões em 2000 para R$ 79,34 bilhões em 2001.

Consumo e investimento

A taxa de investimento na economia – ou seja, seu peso no PIB – cresceu 32,4% de 1994 a 2001.

No mesmo período, o consumo final teve uma expansão de 25,3%. Trata-se de um crescimento muito próximo ao do PIB acumulado de 1994 a 2001: 24,9%. Na média anual, o produto se expandiu em 2,8%.

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