Capacidade do Porto de Paranaguá será duplicada

As obras de ampliação do Porto de Paranaguá irão aumentar em 30% a capacidade do Porto, que já é o maior exportador de grãos da América Latina. De acordo com o superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, a capacidade de exportação de grãos irá praticamente duplicar, já que ao invés de três berços, cinco estarão aptos para receber os navios graneleiros. “Além disso, vamos melhorar toda a logística do Porto, com dragagem e recuperação do cais”, afirmou.

Eduardo explicou que as obras de ampliação do porto incluem, além da construção do Cais Oeste, a recuperação de 1.100 metros de cais e a dragagem dos 16 berços já existentes. Atualmente, a profundidade dos berços varia de 8 a 12 metros mas, após a dragagem, todos terão no mínimo 12 metros. Além disso, a extensão atual do cais de embarque, que é de cerca de 2.600 m, após as obras será de aproximadamente 3.400 m. “Serão mais três navios que poderão atracar”, explicou Eduardo.

As obras incluem também o reforço das cortinas, que são os muros de contenção que garantem a estabilidade do porto. “Todos esses procedimentos são independentes, mas serão realizados simultaneamente. Esta é uma obra projetada para 24 meses, mas se a empresa responsável pela ampliação fizer em menos tempo, o porto está capitalizado para pagar a obra, mesmo antes do prazo final previsto”, garantiu Eduardo. A obra está orçada em R$ 148 milhões e a administração do porto tem, atualmente, mais de R$ 160 milhões em caixa.

Outra vantagem da ampliação destacada por Eduardo Requião é a possibilidade de se criar um corredor de exportação oeste de soja, utilizando um dos três novos berços, simultaneamente com o berço de número 201, que será aprofundado, e os outros três que já são utilizados. “Com a ampliação, vamos praticamente dobrar nossa capacidade de exportação”, comemorou o superintendente.

A obra de ampliação do porto havia sido orçada em R$ 250 milhões pela administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, após estudos do atual governo estadual, conclui-se que a mesma obra poderia ser feita por R$ 148 milhões. Com essa informação, o governo solicitou ao Ministério dos Transportes a delegação da obra, que será realizada com um custo 40% menor.

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