O novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elencou nesta quarta-feira, 13, um conjunto de medidas que ele pretende tomar para ampliar o mercado de capitais no País.

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Em termos de inclusão, ele citou o fomento ao uso de plataformas digitais de crédito – as chamadas fintechs – e o fortalecimento de programas de microcrédito, além do estímulo ao cooperativismo.

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Já no âmbito de precificação, Campos Neto apontou que buscará avanços em áreas como sistema de pagamentos instantâneos, open banking, blockchain e centrais de garantias.

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“Nesse sentido é importante reduzir os custos operacionais e burocráticos e facilitar a entrada de pequenas e médias empresas e de investidores estrangeiros. Para garantirmos a inserção do País no mercado internacional, é preciso, através de uma agenda de simplificação, fomentar a disponibilização de ferramentas de hedge cambial voltadas a investimentos de mais longo prazo”, avaliou.

Na dimensão de transparência, o presidente do BC defendeu a explicitação dos subsídios implícitos nos direcionamentos de crédito, a criação um novo modelo de fomento à atividade rural e a modernização dos mecanismos de captação de recursos destinados à construção civil.

“No setor privado é necessário melhorar as informações sobre serviços e produtos financeiros, inclusive sobre os custos de conformidade nos processos de emissão de dívida e equity, permitindo a efetiva concorrência nos mercados”, completou.

Entre os objetivos da sua gestão, Campos Neto ainda listou a redução do custo de intermediação financeira, uma maior abertura do mercado para os estrangeiros – com uma eventual moeda conversível que sirva de referência para a região -, e a redução do papel do governo no sistema financeiro.

“Em suma, o desenvolvimento do País e de um sistema financeiro moderno e inclusivo exige trazer ao centro do palco o indivíduo – as famílias, as empresas – e reduzir o papel do Estado como um grande ator de mercado. É preciso abrir espaço para que haja mais empreendedores e menos atravessadores”, concluiu.