BRDE mostra resultados de seus 45 anos

Nem toda instituição alcança comemorar 45 anos de existência. O BRDE, instituição pública de fomento pertencente aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, chega à sua maioridade celebrando saldos totalmente positivos. Nessas mais de quatro décadas, já aplicou R$ 2.505 milhões em operações de crédito, possuindo um ativo total de R$ 3.605 milhões.

Responsável pela criação e manutenção de 52 mil postos de trabalho, o banco é considerado pelos seus 559 funcionários um patrimônio a ser preservado. Dirigido por um colegiado formado por dois diretores de cada estado (estes indicados pelos governadores), a atual diretoria do BRDE está assim constituída: presidente – Carlos Frederico Marés de Souza Filho (Paraná), vice-presidente – Geovah Amarante (Santa Catarina), diretor financeiro – Paulo Furiati (Paraná). Os representantes do Rio Grande do Sul são Lélio Souza, diretor de operações, e Vercidino Albarello, diretor de planejamento.

O BRDE, em Curitiba, tem sua sede própria na Avenida João Gualberto, 570; endereço elegante, em meio a um terreno cuidadosamente conservado, com muito verde, flores, e muitos pássaros. O centro administrativo, construído pela IBM na década de 70, é um exemplo de arquitetura responsável e, embora com traços modernos, se harmoniza com o seu entorno, não interferindo na paisagem. Ao passar para as mãos do BRDE, no ano de 2004, a banco ganhou como vizinho uma das jóias da arquitetura eclética. Aliando com raro equilíbrio elementos do art nouveau e do renascimento, raramente encontrado em edificações da mesma época (1902), o Palacete dos Leões foi batizado de Espaço Cultural BRDE e tem sediado importantes exposições, espetáculos de pequeno porte, lançamentos de livros e palestras.

Para os que não conhecem as funções específicas de um banco de desenvolvimento, a missão do BRDE sintetiza a sua filosofia. ?O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE tem por missão promover e liderar ações de fomento ao desenvolvimento econômico e social, través do planejamento, apoio técnico, institucional e creditício de longo prazo.?

Concentrando suas operações nos setores agrícola, industrial, comércio/serviços e setor público, a agência de Curitiba no ano passado financiou, de forma pioneira, a lona de um circo, capítulo à parte nas atividades deste banco que reconhece a sua dimensão em novas áreas da economia e do conhecimento humano.

Enquadrado na linha BNDES/ Automático, o financiamento será pago no prazo de 60 meses com encargos e taxas com juros de longo prazo. ?A lona vai assegurar a continuidade da tradição circense. Nunca houve um banco que concedesse financiamento como esse, é como se fosse um troféu que conquistamos. Temos imensa gratidão por todas as pessoas que lutaram por isso, desde o Dr.Marés (atual presidente) até os técnicos que analisaram a operação, como é o caso do João Carlos Kuritza?, relatou Edilamar Zanchettini, responsável pelas atividades externas do circo. A lona, com 1,6 mil metros de diâmetro, custará R$ 215 mil e substituirá a cobertura antiga já corroída pelo tempo.

Codesul também comemora aniversário

No último dia 14 de junho, em cerimônia realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC – os governadores Roberto Requião, do Paraná, Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul, e Eduardo Moreira, de Santa Catarina também comemoravam um aniversário. Integrantes do Codesul (Conselho de Desenvolvimento do Sul), que nasceu no mesmo dia do BRDE, os governadores celebraram a feliz convivência destes 45 anos.

No início dos anos 60 a disparidade entre os estados da região sul (totalizando uma população de 12 milhões de pessoas) e os demais centros do País foi a alavanca para o surgimento do BRDE. Os governadores Ney Braga, do Paraná, Leonel Brizola, do Rio Grande do Sul, e Celso Ramos, de Santa Catarina, preocupados com a situação dos seus estados, idealizaram e criaram em 15 de junho de 1961 um banco especializado em crédito e sem objetivos imediatos de lucro. Neste mesmo dia foi criado o Conselho de Desenvolvimento do Sul, Codesul, gerido pelos governadores, com o intuito de estabelecer as políticas para o banco recém-nascido. Até hoje, o conselho, cuja presidência se alterna entre os chefes de governo deste estados, é um organismo vivo e atuante no rumo do desenvolvimento regional.

Ainda na reunião do conselho, realizada recentemente em Santa Catarina, o governador Requião recordou emocionado a parceria com seus companheiros Wilson Kleinunbing (SC) e Alceu Colares (RS) que no início dos anos 90, como governadores dos três estados, lutaram bravamente para que o banco não fosse liquidado. Esta é uma história que os funcionários não gostam de lembrar. O episódio que marcou fundo no coração de todos teve um final feliz. Revitalizado, o BRDE, após três anos sob auditoria do Banco Central, retoma a sua vocação desenvolvimentista e parte para a sua expansão. ?O pesadelo já passou, graças à garra dos funcionários que foram às ruas defender o seu emprego e o seu patrimônio?, relata Lindamir Quech, superintendente do BRDE e uma das líderes do movimento de reconstrução. ?Estes três governadores foram nossos defensores. Eles merecem o nosso apreço?, arremata.

 

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