Brasil volta à terceira pior avaliação de risco

O Brasil subiu mais uma posição no ranking das piores avaliações de risco-País, calculado pelo Banco JP Morgan Chase. Com isso, o País voltou à terceira colocação, perdendo apenas para a Argentina (4.696 pontos) e para o Equador (1.021 pontos).

Com os negócios de ontem, influenciados especialmente pela nova cotação recorde do petróleo nos últimos 14 anos, o Brasil foi um dos principais prejudicados. Em contrapartida, a Venezuela subiu uma posição, por ser um dos maiores produtores mundiais e auto-suficiente na commodity, apesar de sua avaliação de risco ter encerrado em alta, de 0,27%, para 740 pontos.

O risco-Brasil acumula no ano alta de 62,61% e de 5,4% no dia, para 761 pontos, a pior avaliação desde 18 de agosto do ano passado. O risco da quinta colocada, a Nigéria, caiu 8,52% ontem, para 662 pontos, contrariando a média dos emergentes, que subiram 3,64%, para 541 pontos.

Moeda desvaloriza

O real brasileiro tem sido um dos maiores prejudicados com a fuga de recursos de países emergentes. De acordo com levantamento da Economática, a moeda está na pior relação do ano com o peso argentino.

Pelos números do Banco Central, a taxa média diária do câmbio, a Ptax, encerrou o dia a R$ 3,0504. Na Argentina, a taxa equivalente está em apenas 2,93 pesos. Ou seja, o peso argentino vale 4,11% a mais do que o real – 100 pesos argentinos compram R$ 104,11.

Desde 22 de março, a cotação do peso se mantém acima da do real, apesar da pior avaliação de risco da Argentina entre os emergentes, pela análise do Banco JP Morgan Chase. A relação piorou para o Brasil após a explosão do caso Waldomiro, em 13 de fevereiro.

Segundo alguns analistas, o Brasil é um dos principais prejudicados na hora da saída de investidores dada a facilidade de negociação – liquidez – dos ativos das empresas brasileiras e dos títulos da dívida do governo. No ano, o real já se desvalorizou 5,51% na paridade com a moeda americana.

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