O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla El-Badri, disse que “se o Brasil desejar participar do cartel, isto poderá levar entre sete e oito anos”. Segundo ele, a entrada no cartel “não é uma questão de descobrir petróleo e então, no dia seguinte, tornar-se um membro da Opep”.

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Perguntado sobre se a Opep fez uma oferta ao Brasil para aderir à organização, El-Badri afirmou que o grupo não se aproxima de potenciais países membros, mas “qualquer país que deseje se juntar a nós, olharemos para ele. Se tal país estiver dentro dos critérios, não haverá problema”, explicou.

Redução

O comunicado da Opep sobre a reunião ministerial concluída na terça-feira (9) à noite, que decidiu cortar em 520 mil barris por dia a produção de petróleo, cita apenas o compromisso assumido pelos países membros do grupo de voltar aos níveis de produção de setembro de 2007, totalizando 28,8 milhões de barris ao dia.

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Esta nova cota está também ajustada para inclusão dos novos países membros (Angola e Equador) e exclui a produção da Indonésia – que deixou o grupo – e do Iraque – que normalmente tem sua produção contabilizada à parte. A cota de produção do grupo estava em 29,67 milhões de barris ao dia, incluindo a produção da Indonésia.

O presidente da Opep, Chakib Khelil, explicou depois que “fazendo seus próprios cálculos, a produção efetivamente seria reduzida em cerca de 520 mil barris ao dia”, tomando por referência os níveis de produção de julho. Khelil disse ainda, em entrevista realizada após a reunião, que os países se comprometeram a ajustar sua produção em 40 dias. As informações são da Dow Jones.

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