A recusa dos Estados Unidos em rever suas tarifas aos produtos siderúrgicos brasileiros fará com que o País peça, no final de julho, a intervenção da Organização Mundial do Comércio (OMC) para solucionar o caso. Hoje, em Genebra, diplomatas brasileiros se reuniram por mais de três horas com representantes norte-americanos, que não se mostraram dispostos a reavaliar suas medidas protecionistas. ?Os Estados Unidos não cooperaram?, afirmou um diplomata brasileiro ao sair da reunião.
No início de março, Washington estabeleceu uma tarifa de até 30% sobre as importações de vários países inclusive as do Brasil. O resultado, segundo o setor siderúrgico nacional, será um prejuízo de US$ 450 milhões por ano às exportações do País.
?Pressionamos, mas não conseguimos muitas respostas sobre a aplicação da salvaguarda?, afirmou o diplomata, que indicou que o Brasil apresentou 34 perguntas aos Estados Unidos. Além dos funcionários do Itamaraty, representantes da União Européia (UE) Coréia, Japão, China, México, Noruega e Nova Zelândia participaram da reunião.
Um dos pontos levantados pelo Brasil foi de que as vendas do País para os Estados Unidos não aumentaram nos últimos anos e, portanto, as barreiras não se justificam. ?Desde 1999 as exportações nacionais de aço ao mercado norte-americano vêm caindo?, justificou um funcionário do governo.


