Brasil paga os mais baixos salários para executivos

O Brasil paga os salários mais baixos da América Latina para seus executivos. Já os gerentes seniores que trabalham em Hong Kong, Suíça, e Equador são os que têm maior poder aquisitivo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Mercer Human Resource Consulting. O levantamento descobriu que o poder aquisitivo de um gerente sênior em Hong Kong é até sete vezes maior do que o dos seus colegas em outros países.

Para identificar o poder de compra dos gerentes médios em 50 países selecionados, a Mercer examinou os índices de custo de vida locais e os salários médios, deduzindo impostos pessoais e contribuições sociais. No final do ranking, estão a Índia, a Bulgária, e o Vietnã, onde os salários são comparativamente baixos e os impostos altos.

A América do Sul tem uma presença marcante no ranking. Além do Equador em terceiro lugar, gerentes seniores no Chile (6.º lugar), Uruguai (7.º lugar) e na Venezuela (8.º lugar) também têm um grande poder aquisitivo.

“Já o Brasil ocupa apenas a 33.ª posição”, esclarece Marco Santana, consultor de expatriados para a América Latina da Mercer. “Outra grande economia latino-americana, o México, também ocupa uma posição discreta: apenas o 24.º lugar.” A Argentina está em 30.º lugar.

Mas Carlos Mestre, da Mercer Human Resource Consulting na Europa, avisa: “É errado considerar que gerentes são bem remunerados porque são bem pagos, ou mal remunerados porque são mal pagos”.

Gerentes seniores de países como Equador, Chile, e Venezuela têm maior poder aquisitivo que seus colegas na Argentina, Brasil, Colômbia, e Panamá. E maior também que seus pares na Itália, França e Reino Unido. “Gerentes seniores na União Européia podem receber os maiores salários do mundo, mas também pagam impostos e contribuições sociais mais altos que gerentes em países em desenvolvimento”, esclarece Mestre.

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