O Brasil, no geral, não tem perfil para ter um fundo soberano, na avaliação da diretora de Rating Soberano da agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor?s, Lisa Schineller. A executiva também destaca as questões ainda em aberto sobre a atuação do Tesouro Nacional e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação ao fundo.

continua após a publicidade

Em 30 de abril, a S&P elevou a classificação soberana do Brasil para grau de investimento. Em palestra realizada em Nova York pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Lisa observou que o Brasil não opera com superávit fiscal nominal, por exemplo, para que seja criado um fundo soberano de riqueza. ?Se o fundo fosse estabelecido depois que Tupi (campo de petróleo) estivesse funcionando, seria uma ótima forma de (criar) poupança para as próximas gerações.

Lisa pondera que a criação de um fundo é um fato que ainda teria de ser incorporado às ações de rating da S&P em relação ao País. À platéia de investidores, a analista disse que ?ratings vão para cima ou para baixo?, em alusão ao fato de que uma classificação de grau de investimento pode voltar a cair ao nível especulativo. ?Há passos para cima na escala e também para baixo.

continua após a publicidade