Brasil mantém decisão de contestar subsídio à soja

Brasília

  – A decisão dos Estados Unidos de apresentar à Organização Mundial do Comércio (OMC) sua proposta de abertura do setor agrícola e de redução de subsídios não vai influir em um possível questionamento do Brasil dos benefícios destinados ao governo americano aos seus produtores de soja. O embaixador Clodoaldo Hugueney, subsecretário-geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior do Itamaraty, deixou claro que o governo ainda estuda o início desse contencioso, embora reconheça que a complexidade jurídica do caso pode travar o ataque brasileiro.

“O fato de os Estados Unidos terem encaminhado uma proposta de negociação agrícola que consideramos positiva não influencia nossa decisão. A proposta pode prever a redução dos subsídios no futuro. Mas, até lá, eles continuarão a ser concedidos”, afirmou Hugueney. Segundo o embaixador, a possível briga do Brasil contra os Estados Unidos por conta da soja deverá voltar à pauta da próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Mas dificilmente haverá condições para um consenso. A complexidade dessa ação aumentou depois de anunciadas as novas regras de concessão de subsídios previstas na chamada Farm Bill – a política agrícola dos Estados Unidos – e da confirmação da expectativas de elevação dos preços internacionais da soja.

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