Brasil diz na OMC que, pelo Mercosul, abre mão de Doha

Se o Brasil tiver de optar entre a Rodada Doha e o Mercosul, optará pelo bloco regional. O alerta foi dado pelo embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), Clodoaldo Hugueney, em uma forte mensagem política aos parceiros do País.

O Itamaraty quer que o Mercosul ganhe flexibilidades extras no setor industrial para manter certas áreas protegidas. Os europeus chegaram a acusar o Mercosul de nem mesmo ser uma união aduaneira. Americanos, japoneses e até centro-americanos, turcos e colombianos rejeitam a proposta de dar novas flexibilidades ao bloco.

"O Mercosul é prioridade absoluta para o Brasil, por isso a negociação tem de tornar compatível a liberalização multilateral com a integração regional. Não podemos forçar escolher entre participar amplamente da negociação de Doha e ao mesmo tempo provocar uma crise no Mercosul", disse o embaixador. "Entre Doha e o Mercosul, o Brasil escolhe o Mercosul", completou, lembrando que o Itamaraty não quer chegar a esse ponto durante o debate. Segundo ele, o chanceler Celso Amorim deu essa mensagem ao diretor da OMC, Pascal Lamy.

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