Brasil cumpre metas com FMI

O Brasil já cumpriu em novembro com uma folga de R$ 6,773 bilhões a meta de superávit primário para todo o setor público acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para este ano. No acumulado do ano, o setor público tem saldo positivo de R$ 57,073 bilhões, frente à meta de R$ 50,3 bilhões acertada com o Fundo. ??Com esse resultado, a meta já está plenamente cumprida??, afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Em função do resultado positivo dos 11 primeiros meses deste ano, um provável déficit a ser registrado em dezembro, por conta de gastos adicionais com o pagamento de férias e do 13.º salário, não prejudicará o cumprimento do acordo, de acordo com Lopes.

??Essa margem – de R$ 6,773 bilhões – é mais do que suficiente para cumprir a meta do Fundo”, disse.

Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o superávit acumulado chegou a 4,82%, também superior à meta do FMI de 3,88% do PIB. Na comparação com o mesmo período de 2001, o saldo contabilizado neste ano é R$ 10,473 bilhões superior. No mês passado, os governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais arrecadaram R$ 3,170 bilhões a mais do que gastaram, descontados os pagamentos de juros de dívidas. O governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) registrou superávit de R$ 1,561 bilhão; os governos estaduais e municipais deixaram de gastar R$ 1,270 bilhão, e as empresas estatais, alcançaram saldo de R$ 339 milhões.

No mês anterior, o superávit fiscal foi de R$ 6,283 bilhões e, em setembro deste ano, R$ 10,253 bilhões, maior valor para o mês desde 1991. Em novembro de 2001, o governo conseguiu economizar R$ 2,368 bilhões.

Apesar dos números positivos para as contas primárias, o resultado nominal de novembro, que inclui o pagamento de encargos da dívida, foi negativo em R$ 6,423 bilhões. Isso porque o setor público pagou R$ 9,593 bilhões em juros de dívidas em novembro. De janeiro até o mês passado, o déficit nominal chegou a R$ 39,536 bilhões, enquanto os gastos com juros chegaram a R$ 96,609 bilhões.

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