Economia

Bolsas de NY fecham mistas com alívio com coronavírus e perdas de setor tech

Em um dia marcado por discursos de banqueiros centrais, as bolsas de Nova York fecharam sem direção única, mas os índices acionários S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes históricos de fechamento. Apesar de ainda atentos ao surto de coronavírus e seus impactos para a economia, os investidores sentiram certo alívio com a percepção de que a disseminação está desacelerando. O otimismo foi reforçado pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A alta, porém, foi contida por perdas entre ações de tecnologia.

O índice Nasdaq subiu 0,11%, a 9.638,94 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,17%, a 3.357,75 pontos, ambos renovando recordes de fechamento, e o Dow Jones fechou estável em 29.276,34 pontos.

Com sinais de que a propagação do coronavírus pode estar diminuindo, o dia foi de maior apetite por risco nos mercados internacionais. Pela manhã, as bolsas de Nova York haviam acelerado os ganhos durante uma coletiva de imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS) em que a entidade citou uma nova vacina para o coronavírus que pode estar pronta em 18 meses.

Mais cedo, os investidores ainda acompanharam o discurso de Powell, que acelerou a alta das bolsas de NY. O dirigente afirmou que o Fed “monitora de perto a emergência do coronavírus” e que a economia americana está resistindo a ventos contrários globais e que apresenta um desempenho vigoroso. Segundo ele, “não há razão” para que o bom ritmo de expansão do país não seja mantido. O mercado também acompanhou discursos de outros dirigentes do Fed, como Neel Kashkari, James Bullard e Randal Quarles.

Os ganhos do mercado acionário em Wall Street, porém, foram reduzidos perto do horário de fechamento, com as bolsas pressionadas por ações de tecnologia, após a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em, inglês) anunciar que tem a intenção de investigar aquisições de grandes empresas de tecnologia que até agora haviam evitado uma investigação mais profunda.

As ações das cinco “big techs” caíram logo após a notícia. Os papéis da Microsoft fecharam em queda de 2,26% e os da Apple, de 0,60%. O Facebook teve desvalorização de 2,76%. As ações da empresa já haviam iniciado movimento de baixa depois que o analista da Pivotal Research, Michael Levine, cortou a classificação das ações da empresa de “Hold para Sell”, e reduziu a meta de preço para US$ 180, antes em US$ 215.

Contato: marcela.guimaraes@estadao.com

Voltar ao topo