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Bolsas de NY fecham em baixa, com aversão a risco renovada com tensões EUA-China

Os principais índices acionários nova-iorquinos fecharam em baixa nesta quarta-feira, 12, dia marcado pela renovação de tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

O Dow Jones caiu 0,17%, aos 26.004,90 pontos. Já o S&P 500 cedeu 0,20%, aos 2879,84, e o Nasdaq, 0,38%, aos 7.792,72 pontos.

O presidente americano, Donald Trump, defendeu o uso de tarifas como estratégia comercial contra parceiros comerciais, como Pequim, o que renovou a aversão a risco entre os investidores e pressionou, sobretudo, o setor industrial. A Boeing caiu 0,66% e a Catterpillar, 0,14%. Baseada na aplicação de tarifas, a estratégia de Trump não tem afetado a inflação nos EUA, de acordo com o próprio presidente, que apontou, ainda, que as barreiras “estão trazendo bilhões para o país”. Os comentários de Trump foram feitos na terça-feira, em Iowa.

Nesta quarta, o núcleo anual do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA apresentou avanço de 2,0%, índice mais baixo desde fevereiro de 2018 e também inferior à mediana das expectativas de instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast.

O dado reforça expectativas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o que pressiona as ações do setor bancário, como os papéis do Goldman Sachs, que caíram 2,32%, e os do Wells Fargo, que cederam 2,92%. “Dada a recente mudança de tom dos dirigentes do Fed, acreditamos que eles usarão a reunião de junho, na próxima semana, para sinalizar um viés de flexibilização”, destacam analistas do banco ING.

Entre as gigantes de tecnologia, as ações do Facebook caíram 1,72%, reagindo a rumores de que a companhia teria descoberto e-mails que sugerem uma conexão do CEO da empresa, Mark Zuckerberg, com práticas de privacidade potencialmente problemáticas. Seguiram a tendência de recuo a Netflix (-1,63%) e a Alphabet (-0,18%).

O principal recuo se deu no setor de energia, pressionado pelas quedas significativas dos preços do petróleo, que reagiram negativamente ao aumento do volume estocado da commodity nos EUA. O subíndice de energia do S&P 500 fechou em baixa de 1,44%, para 445,26 pontos. Entre papéis de destaque do segmento, a Chevron perdeu 0,81% e a ExxonMobil recuou 1,08%.

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