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Bolsas da Europa fecham em alta, de olho em medidas do BCE e no comércio global

As principais bolsas europeias fecharam com ganhos nesta quinta-feira, impulsionadas pelas medidas de relaxamento monetário anunciadas mais cedo pelo Banco Central Europeu (BCE). Além disso, sinais positivos para o comércio entre Estados Unidos e China estiveram no radar, mas não houve euforia nas praças, com os riscos no processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) também no radar.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,20%, em 390,48 pontos.

O BCE cortou sua taxa de depósito de -0,40% a -0,50% e manteve a taxa de refinanciamento em zero. Além do primeiro corte na taxa de depósito desde março de 2016, a instituição informou que vai retomar seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), por meio do qual comprará 20 bilhões de euros em ativos mensalmente a partir de novembro. Além disso, enfatizou que o novo QE será mantido “pelo tempo que for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de política” e terminará apenas pouco antes de o BCE “começar a elevar as taxas de juros”.

Após os anúncios, as bolsas europeias passaram a subir em bloco. Além disso, durante a entrevista coletiva do presidente do BCE, Mario Draghi, a autoridade anunciou projeções menores para o crescimento econômico e a inflação na zona do euro neste e no próximo ano, o que reforça a expectativa por manutenção de estímulos. Mais para o fim da coletiva, contudo, Draghi enfatizou que a política fiscal agora deve assumir o comando no apoio à economia da zona do euro, o que piorou o humor e fez as praças europeias perderem força.

No comércio global, o secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse esperar progresso nas negociações com a China nas próximas semanas. O presidente Donald Trump, por sua vez, afirmou que é esperado que a potência asiática compre “grandes montantes” de produtos agrícolas americanos. Houve relatos de que os EUA cogitam um acordo limitado com a China, podendo eventualmente retirar algumas tarifas. Já outros meios da imprensa americana disseram que o presidente americano desejaria apenas um acordo “completo e forte”.

As incertezas no Brexit também seguiram no radar. O premiê britânico, Boris Johnson, negou ter mentido à rainha sobre razões para suspender o Parlamento. O próprio presidente do BCE comentou em sua coletiva que um cenário de Brexit sem acordo cresceu recentemente.

A bolsa de Londres fechou em alta de 0,09%, em 7.344,67 pontos, com a libra mais forte contendo ganhos, já que isso tende a pressionar papéis de exportadoras. Frankfurt subiu 0,41%, a 12.410,25 pontos, e Paris registrou ganho de 0,44%, para 5.642,86 pontos.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou em alta de 0,88%, em 22.083,17 pontos, em Madri o índice IBEX-35 subiu 0,25%, a 9.082,30 pontos, e em Lisboa o PSI-20 avançou 0,22%, a 5.016,81 pontos.

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