São Paulo – O dólar comercial alternou tendências e fechou ontem em alta de 0,31%, cotado a R$ 2,837 na compra e R$ 2,839 na venda. Apesar da leve volatilidade, o volume de negócios foi pouco expressivo no mercado interbancário, o que favoreceu a alta no final da tarde. A principal notícia do dia foi a nova emissão de bônus globais feita pelo governo, cuja demanda superou as expectativas. Como já era esperada, a operação acabou por gerar ajustes em alguns ativos brasileiros, como o C-Bond. No final da tarde, o título caía 0,32%, cotado a 94,25% do seu valor de face.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,30% e bateu novos recordes históricos. Num pregão marcado pelo vencimento dos mercados futuro e de opções sobre o Índice Bovespa, a bolsa paulista negociou nada menos que R$ 3,254 bilhões, maior volume desde 20 de dezembro de 1999. Foi também o quinto maior volume do Plano Real. Os 79.139 contratos negociados foram inéditos na história da Bovespa, que até agora registrava recorde de 68.225 negócios em um único pregão.

Depois de dois dias acima da barreira dos 18 mil pontos, o Índice Bovespa caiu para 17.942 pontos. A queda é atribuída a um conjunto de fatores, como as realizações de lucros, as baixas nas bolsas americanas e o próprio vencimento do Ibovespa. O exercício de opções movimentou R$ 824,8 milhões, mas gerou movimentação indireta de outros R$ 850 milhões, aproximadamente. Em dezembro de 99, quando o movimento da bolsa foi de R$ 3,4 bilhões, houve vencimento de opções de ações.

O mercado acionário recebeu bem a confirmação da nova captação externa do governo, mas não chegou a mostrar euforia, já que a operação era mais que esperada. A emissão de bônus globais do governo agradou investidores estrangeiros e recebeu elogios de analistas. Para eles, a forte demanda pelos papéis (cerca de US$ 5 bilhões) foi um sinal claro de credibilidade do país e abre novas oportunidades de captações públicas e privadas.

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