Boas notícias levam euforia ao mercado

O acúmulo de notícias positivas sobre a economia brasileira levou o dólar para o menor nível desde o dia 6 de maio. Aumento da produção industrial, recuperação do mercado de trabalho e reação do comércio varejista foram apenas alguns dos fatores que trouxeram o otimismo de volta ao mercado de câmbio.

A moeda americana fechou em baixa de 0,49%, a R$ 3,002. Na mínima do dia, a moeda chegou a bater R$ 2,997. No mês, o dólar acumula queda de 2,76%. Além do noticiário local, a tendência vendedora no mercado de câmbio ganhou fôlego com a perspectiva de uma recuperação lenta da economia norte-americana.

A queda do risco-Brasil nas últimas semanas fez com que as tesourarias desmontassem parte das suas posições em ativos cambiais. Ontem, o indicador da confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira recuou para o menor nível desde abril.

A onda de otimismo já levou o mercado a rever projeções. Apesar do receio de que a ação de importadores faça o dólar voltar a subir, analistas já passaram a afirmar que a tendência de queda deve prevalecer.

Para o analista de câmbio da corretora Didier Levy, Júlio César Vogeler, se o dólar permanecer abaixo de R$ 3 nos próximos dias, o Banco Central deve voltar a comprar dólares. Desde o dia 5 de fevereiro, o BC não promove leilões para a compra de divisas. “Se a moeda recuar ainda mais, o BC terá uma boa oportunidade para recompor as reservas”, diz.

Desde que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) elevou a taxa de juros para 1,25% ao ano em junho, o mercado tem apostado que os índices de inflação e os dados sobre o mercado de trabalho não têm justificado aumentos radicais de juros.

Outro destaque positivo desta semana foi a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), de que a produção industrial cresceu em todo o País e que as vendas ao varejo tiveram aumento de 10,01%.

Voltar ao topo