BNDES discute propostas para salvar a Chapecó

Rio – Os interessados na venda do frigorífico catarinense Chapecó já começaram a buscar alternativas para salvar a empresa, cuja dívida é de cerca de US$ 900 milhões, depois de a companhia anunciar, na última quarta-feira, que a Coinbra não renovou a oferta de compra de R$ 175 milhões que havia feito no início do ano. Até então, a Coinbra, que pertence ao grupo francês Louis Dreyfus, era a única interessada, mesmo depois das tentativas do BNDES de vender a empresa para companhias nacionais como Sadia e Perdigão.

Na última quinta-feira, o prefeito de Chapecó, Pedro Uczai, se reuniu com o presidente do BNDES, Carlos Lessa, e afirmou que uma das possibilidades é a venda do frigorífico em partes ou o arrendamento de suas unidades, em vez da venda de todo o grupo para apenas um comprador.

“Estamos buscando alternativas, como o arrendamento com opção de compra ou o fracionamento da empresa. Isso enfraquece a marca, mas não podemos esperar muito por uma solução”, disse Uczai.

O caso Chapecó está sob a tutela da área social do BNDES, maior credor financeiro da empresa, devido aos problemas causados na região depois da paralisação da fábrica. Duas mil pessoas estão desempregadas e a cidade de Chapecó já vive grave crise social, diz o prefeito.

O Chapecó deve R$ 556 milhões ao banco, que também está interessado em solucionar a crise da empresa, uma vez que tem participação de 29,65% no frigorífico e quer recuperar os cerca de US$ 200 milhões que investiu na companhia em 1999.

Fontes do BNDES informaram que a decisão sobre o futuro do Chapecó, no entanto, está nas mãos dos acionistas majoritários, no caso o grupo argentino Macri, e que o banco está atuando apenas como observador.

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