O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, defendeu hoje (30) a sociedade do banco público com os supermercados Pão-de-Açúcar (do Brasil) e Carrefour (da França), que anunciaram uma fusão das operações no Brasil. Segundo ele, a sociedade vai gerar valor para o banco e empregos para o país.
A participação do banco estatal no negócio se dará por meio da BNDES Participações (BNDESPar), subsidiária responsável pelas participações do banco em empresas. Ao aportar quase R$ 4 bilhões para viabilizar a fusão das duas redes de supermercados, a BNDESPar se tornaria sócia no negócio. “Metade do lucro do BNDES é derivado da BNDESPar. Nós vimos aqui uma grande oportunidade de geração de valor e de empregos, que é a nossa missão”, disse Ferraz.
A operação foi criticada por políticos da oposição. Em nota, o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirmou que a união do supermercado brasileiro Pão-de-Açúcar com o grupo francês Carrefour representa a “desnacionalização da empresa brasileira” e, por isso, o BNDES não deveria participar do negócio. De acordo com o PSDB, o BNDES deveria investir na infraestrutura do país, não em supermercados.