Os trabalhadores da Varig na Argentina podem ir à Justiça cobrar da Gol, nova dona da empresa, as dívidas trabalhistas de US$ 400 mil deixadas no país. A avaliação é do advogado do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Ronaldo Cramer. O argumento é que a blindagem contra a sucessão de dívidas trabalhistas, por meio da Lei de Recuperação Judicial e confirmada por uma decisão da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, só vale dentro do Brasil.

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"A minha decisão se restringe ao território nacional. Não tem validade fora do País", afirma o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial. Procurada, a Gol não se manifestou sobre o assunto. "Os trabalhadores da Varig, na Argentina, podem cobrar da Gol, sem dúvida", diz Cramer.

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, tem a mesma avaliação. Ela diz que a cobrança judicial de passivo trabalhista ao comprador da Varig, a Gol, pode ser feita em qualquer país em que o grupo tenha funcionário. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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