Benefício indireto para aumentar o mínimo

O governo estuda maneiras de aumentar o salário mínimo sem que o ajuste atinja o valor principal. Uma das alternativas estaria na possibilidade de praticamente dobrar o valor do salário-família como forma de compensar um ajuste modesto para o salário mínimo neste ano. O benefício poderia passar dos atuais R$ 13,48 para R$ 25, um aumento de quase 100%.

Os ministérios da Fazenda, do Planejamento, do Trabalho e da Previdência, além da Casa Civil, apresentarão nesta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva estudo com alternativas para o aumento do mínimo. Em várias delas, a elevação do salário-família foi embutida no reajuste.

A área técnica do governo avalia que o salário-família deve fazer parte da política de reajuste do salário mínimo. O benefício é pago pela Previdência Social a trabalhadores com carteira assinada e aposentados que tenham dependentes de até 14 anos de idade ou inválidos. Dobrando o valor, o governo estaria elevando a renda dessas famílias, sem onerar a folha de pagamento das empresas.

Pelas projeções a serem apresentadas ao presidente, a inflação registrada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre abril do ano passado – data do último reajuste do mínimo – e abril deste ano ficará em 6,87%. Ou seja, somente a recomposição do valor exigiria um aumento dos atuais R$ 240 para R$ 256,48.

Voltar ao topo