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BCE estendeu QE para sustentar economia em ano de possíveis choques políticos

Os dirigentes de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) decidiram estender o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) da instituição em nove meses para dar sustentação à economia de 10 trilhões de euros da zona do euro durante um ano de possíveis choques políticos, segundo a ata da reunião de dezembro do BCE, publicada hoje.

No mês passado, o BCE anunciou a prorrogação do QE até o fim deste ano, mas também decidiu reduzir suas compras mensais de ativos, de 80 bilhões de euros para 60 bilhões de euros, a partir de abril. Originalmente, o programa terminaria em março.

A ata mostrou que as autoridades do BCE querem continuar nos mercados de bônus soberanos durante um ano no qual “a volatilidade pode ocorrer com facilidade, relacionada principalmente a choques oriundos do ambiente político”.

Algumas das maiores economias da zona do euro, incluindo Alemanha e França, vão realizar eleições gerais este ano.

No documento, os dirigentes do BCE alertam que, embora espera-se que a inflação acelere significativamente nos próximos meses, como resultado da alta nos preços de energia, a inflação subjacente “ainda não deu sinais claros de uma virada para cima convincente”.

Por outro lado, a decisão do BCE de diminuir o ritmo de compras de ativos refletiu maior confiança na recuperação econômica da zona do euro e menores chances de que o bloco entre em deflação, de acordo com a ata. Em dezembro, a inflação anual da região atingiu 1,1%, a maior taxa desde setembro de 2013. A meta de inflação do BCE, que há anos não é cumprida, é de taxa ligeiramente inferior a 2%.

Poucos integrantes do conselho diretor do BCE, que tem 25 dirigentes, se opuseram à extensão do QE, segundo a ata. O presidente do BC alemão (Bundesbank), Jens Weidmann, um crítico de longa data das compras de ativos do BCE, estava entre os dissidentes.

Já alguns dirigentes defenderam uma prorrogação mais longa do BCE, para até 2018, enquanto outros argumentaram a favor de uma extensão mais curta, de seis meses, com as compras mensais de ativos em 60 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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