BC vai colocar um bilhão de moedas em circulação

Um bilhão de moedas deverão serão confeccionadas em 2002. Segundo o chefe do meio circulante do Banco Central, José dos Santos Barbosa, a falta de moedas está prejudicando os comerciantes de todo país. Atualmente existem cerca de 7,6 bilhões de moedas em circulação. ?Não é uma quantidade ideal, são cerca de 50 moedas por habitante. Estamos aumentando o fornecimento, a sociedade reconhecendo o nosso esforço, terá também que não guardar as moedas, deve fazer com que elas circulem?, afirmou José Barbosa em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

Segundo Barbosa, o brasileiro não se habituou a usar moedas. ?Nós ficamos durante muitos anos sem usar moedas, na época de regime inflacionário, em determinados planos o governo até cortava as moedas. Hoje elas valem muito?, disse. José Barbosa explicou ainda que a moeda é o dinheiro divisionário. ?Não há possibilidade de não se ter moeda, pois existem preços que se forem arredondados por uma unidade cheia, como um real, vai gerar uma alta inflação? assegura.

Em 2000, o Banco Central realizou uma campanha de conscientização, quando foram cunhadas 146 milhões de moedas. Em 2001 a campanha foi reeditada e devido a demanda reprimida foram confeccionadas 700 milhões de moedas. A expectativa para este ano eram 700 milhões de moedas, aumentada devido ao trabalho do projeto de demanda real. ?Ouvimos o comércio, fizemos uma pesquisa, visitamos associações comerciais nas dez capitais onde o Banco Central está localizado e concluímos que deveríamos fazer um esforço um pouco maior?, afirmou Barbosa.

A vida útil de uma nota de R$ 1,00 é de aproximadamente um ano. Há no país cerca de 870 milhões dessas cédulas. A destruição gera anualmente o gasto de R$ 0,06 por cédula. Já uma moeda tem vida útil enquanto tiver poder de compra. ?Dinheiro custa dinheiro. A partir do momento que se coloca a moeda numa gaveta, o consumidor brasileiro estará pagando para que o Banco Central possa encomendar a Casa da Moeda e colocá-la em circulação”, alerta Barbosa.

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