O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, destacou que, no acumulado do primeiro trimestre de 2011, o governo conseguiu realizar um superávit primário de R$ 39,262 bilhões, o que equivale a 33% da meta para 2011. O objetivo para este ano foi fixado em termos nominais, em R$ 117,9 bilhões. “Em um quarto do ano, fizemos um terço da meta”, comemorou. O superávit primário representa a economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública.

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Maciel disse que o cenário econômico se mostrou bastante favorável nos três primeiros meses deste ano e revelou a consistência no cumprimento da meta pelo governo em 2011. Maciel salientou que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) manteve a estabilidade em março, a despeito do superávit realizado no mês passado. “O efeito do câmbio nas reservas neutralizou parte do impacto”, justificou.

Março

O chefe do Departamento Econômico do BC destacou ainda que o resultado fiscal positivo, de R$ 13,6 bilhões em março, é fruto do aumento da arrecadação e da queda das despesas, sobretudo na esfera federal. “Contrastado ao déficit de R$ 3,9 bilhões visto em março do ano passado, (isso) mostra esforço feito no período”, considerou. “O bom desempenho do governo federal reflete melhor o nível de atividade econômica, a arrecadação e, em especial, a redução das despesas do governo”, reforçou.

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Em termos nominais, também foi verificada uma redução do déficit em março deste ano ante março do ano passado, passando de um saldo negativo de R$ 17,168 bilhões para um saldo negativo de R$ 6,949 bilhões. “Foram raras as vezes que isso aconteceu. Salvo engano, foram seis vezes na série histórica (iniciada em 2001)”, comparou.

Também contribuiu para o resultado positivo do mês passado, segundo Maciel, o resultado das contas dos governos regionais (R$ 4,4 bilhões), o melhor para o mês de março e o terceiro melhor para a série, abaixo apenas dos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

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