BC prevê inflação maior, mas abaixo das metas

O Banco Central aumentou sua estimativa de inflação neste ano de 4,5% para 5,2%. A nova previsão consta do relatório trimestral de inflação divulgado ontem pela instituição. Apesar de mais alta, a estimativa ainda está abaixo da meta de inflação de 2004, de 5,5%. Da mesma forma, o BC elevou a previsão de inflação para 2005 de 4% para 4,2%. A meta fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, que reúne os principais representantes da equipe econômica) para o próximo ano é de 4,5%.

As previsões mostram que faria pouco sentido neste momento o governo rever a meta de inflação de 2005 de 4,5% para 5,5%, como propôs na semana passada o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

O debate dessa proposta foi considerado “legítimo” e “procedente” pelo presidente do BC, Henrique Meirel-les, e pelo ministro Antônio Palocci, respectivamente.

No entanto, como as projeções de inflação continuam abaixo das metas, haveria espaço para novos cortes de juros sem causar impactos preocupantes nos preços.

Dessa forma, mexer nas metas poderia desgastar ainda mais o sistema – as metas não foram cumpridas nos últimos três anos – ao invés de permitir uma queda mais acentuada nos juros e favorecer o crescimento e a retomada do emprego, como defende Mercadante.

PIB

Neste relatório de inflação, o BC manteve a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas de um país) de 3,5% para este ano. O mercado tem a mesma estimativa. No ano passado, o PIB brasileiro encolheu 0,2%.

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