Brasília

  – O Banco Central quer mudar as notas de R$ 50 ainda este ano para tentar conter a escalada de falsificações de dinheiro no país. A medida, que deverá ser submetida à aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) no segundo semestre deste ano, tem por objetivo criar elementos adicionais de segurança nas cédulas. O volume de falsificações de notas de R$ 50 este ano já ultrapassou o das cédulas de R$ 10 que até o ano passado lideravam a preferência dos falsários. Das 32 mil notas falsas apreendidas este ano, 16 mil eram de R$ 50 e nove mil, de R$ 10.

? Quanto maior o valor da nota, mais rentável a falsificação ? disse o chefe do Departamento de Meio Circulante do Banco Central, José Barbosa.

O BC quer garantir o menor custo possível no processo de troca das notas, tendo em vista as dificuldades do orçamento. Por isso, a substituição será feita gradualmente, na medida em que as cédulas que já estão em circulação cumpram sua vida útil. A expectativa é que as cédulas tenham sido totalmente substituídas até o primeiro semestre de 2005. Cada mil notas de R$ 50 custam ao governo R$ 91, ou R$ 0,091 por cédula.

Segundo dados do BC, o prejuízo total com as fraudes cresceu 15% em 2002, passando de R$ 9,5 milhões em 2001 para R$ 11 milhões. Isso foi o que os brasileiros perderam por receberem notas falsificadas em 2002. Deste total, R$ 8,7 milhões foram causados por notas falsas de R$ 50.

A intenção do BC e da Casa da Moeda ao mudar as notas de R$ 50 é incluir mecanismos de segurança, parecidos com os existentes hoje nas notas de R$ 20. Segundo ele, um dos instrumentos de segurança a serem aplicados na nota é a banda holográfica na lateral da cédula, a exemplo da que existe na nota de R$ 20. Outro mecanismo é uma tinta que muda de cor conforme o ângulo em que se observa a cédula, para evitar falsificações com scanner.

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