BC intervém e dólar recua, mas termina em R$ 3,18

O dólar comercial bateu dois recordes nesta segunda-feira, ao fechar cotado a R$ 3,17 na compra e R$ 3,18 na venda, com alta de 5,47%. Esse resultado rendeu à moeda americana novo valor recorde e a maior variação percentual em um único dia desde meados de janeiro de 1999, quando o Banco Central extinguiu o regime de bandas cambiais. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perdeu fôlego na última hora de negociação e fechou com uma tímida alta de 0,25%, com o Índice Bovespa em 9.240 pontos. O volume financeiro foi de R$ 675,8 milhões.
A alta da moeda americana desta segunda-feira só não foi maior porque o BC promoveu intervenções no final dos negócios, vendendo dólares diretamente às mesas de câmbio dos bancos ?dealers?. Na máxima do dia, a cotação de venda chegou a R$ 3,278. Foi nesse patamar que o BC passou a intervir. O Banco Central (BC) confirmou que interveio vendendo dólares no mercado de câmbio pronto. Supõe-se que a injeção da moeda norte-americana no mercado tenha ficado em US$ 50 milhões, conforme política anunciada no início do mês pela autoridade monetária.
Depois do preço do dólar atingir a máxima, operadores do mercado informaram que o BC passou a tomar spread, pesquisar junto aos dealers, taxas de compra. Segundo alguns operadores, o BC chegou a fazer duas ofertas, fato não confirmado oficialmente.
O fato é que, após os indícios de atuação do BC dando liquidez ao mercado de dólar, a taxa começou a refluir. O valor de venda do BC será conhecido em dois dias úteis, na posição das reservas cambiais. (AG)

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