BC dos EUA vê melhora na economia norte-americana

A economia dos EUA continuou a melhorar em todas as regiões do país entre o fim de fevereiro e o mês de março e a maioria dos 12 distritos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) relatou expansão em todas as áreas, sobretudo na indústria de manufatura, e melhoras no mercado de mão de obra. É o que diz o Livro Bege, sumário sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), em 26 e 27 de abril.

O relatório divulgado hoje foi preparado pelo Federal Reserve Bank de Richmond, com base em dados coletados até 4 de abril.

Segundo o Livro Bege, a alta dos preços das commodities e das matérias-primas levou muitas empresas a elevarem preços, mas a capacidade de repassar os custos mais altos aos consumidores variou dependendo da região e do setor. O relatório acrescenta que as pressões de alta dos salários continuam contidas, o que mantém baixa a preocupação com o risco de inflação.

“Informes dos 12 distritos do Federal Reserve indicaram que a atividade econômica em geral continuou a melhorar desde o último relatório”, diz o Livro Bege. Segundo o documento, as vendas no varejo, um indicador importante dos gastos dos consumidores, elevaram-se na maioria das regiões, e a atividade no setor de indústria manufatureira melhorou de maneira “sólida”.

No distrito de Boston, o comércio varejista relatou resultados desiguais, e as vendas continuaram fracas na região de Richmond. Todas as outras regiões, porém, relataram ganhos, ainda que leves, nos gastos do consumidor, e o distrito de Nova York falou em “vendas robustas”.

Embora os informes que focalizavam a perspectiva de curto prazo tenham sido em geral otimistas, a incerteza permaneceu elevada em vários distritos. Muitas empresas mostraram preocupação de que a turbulência política no Oriente Médio e no Norte da África possa levar os preços do petróleo a subirem ainda mais; outro fator de preocupação são as consequências do terremoto, do tsunami e da crise nuclear no Japão.

Segundo o Livro Bege, os distritos do Fed de Boston, Filadélfia, Richmond, Atlanta, Chicago e Dallas relataram que empresas em suas regiões sofreram ou temem sofrer quedas nas vendas ou na produção por causa da tragédia no Japão.

Houve muitos relatos de que as altas dos preços de petróleo, grãos, metais e outras commodities, principalmente o do petróleo, estão pressionando os custos, mas a capacidade de repassar essas altas ao consumidor variou.

Algumas indústrias na região de Boston elevaram os preços de seus produtos, mas, nos distritos de Chicago e Atlanta, as empresas das áreas de construção e de comércio varejista tiveram pouco sucesso em elevar os preços. O Fed de San Francisco relatou que as empresas na região mostraram uma capacidade limitada de repassar as altas de preços de quaisquer matérias-primas, exceto alimentos e gasolina. As informações são da Dow Jones.

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