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BC aprova princípios para Educação Financeira e estimula bancos a dar benefícios

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 12, os princípios para a promoção da Educação Financeira que devem ser usados pelas instituições reguladas pelo órgão. Os princípios, que foram aprovados pela diretoria colegiada da autoridade monetária em reunião realizada nesta quarta-feira, 11, estimulam os bancos a conceder benefícios para os clientes que participarem desse tipo de ação educativa.

“Acreditamos que as instituições financeiras são capazes de contribuir mais para o desenvolvimento de hábitos financeiros saudáveis por seus clientes e usuários, incluindo o adequado gerenciamento de seus recursos, o que está alinhado ao conceito de Cidadania Financeira”, explicou, por meio de nota, o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Mauricio Moura.

Essas ações de Educação Financeira devem contribuir para a formação de poupança; a organização e o planejamento do orçamento pessoal e familiar; e a compreensão e o uso consciente de produtos e serviços financeiros, incluindo crédito.

De acordo com o BC, entre princípios que devem nortear o desenho e a execução de ações de Educação Financeira está o “valor para o cliente”. Ou seja, essas ações devem levar aos usuários “informações e ações úteis e relevantes para a sua vida financeira, inclusive sob a forma de concessão de incentivos”.

Em junho, Moura afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que a ideia seria buscar algo próximo a um programa de fidelidade. “À medida que as pessoas vão fazendo cursos de Educação Financeira, eles iriam adquirindo pontos e, com esses pontos, teriam ou uma redução do custo do crédito nas instituições financeiras participantes do programa ou então uma melhor nota de crédito”, afirmou o diretor, na ocasião.

Segundo o comunicado desta quinta, as ações de Educação Financeira dos bancos também devem ter amplo alcance, garantindo o acesso ao universo de seus clientes e usuários. O BC também sugere a disponibilização de conteúdo, linguagem, momento e canal mais adequados para as ações frente às características e às necessidades dos clientes e usuários e considerando o nível de complexidade e risco dos produtos e serviços financeiros.

Por último, os princípios também incluem a mensuração da efetividade dessas ações em face a seus objetivos, melhorando a abordagem usada a cada interação com os clientes e usuários.

“O acompanhamento das ações permitirá avaliação do BC quanto a possíveis medidas adicionais”, ressaltou, também em nota, o chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira, Luis Mansur.

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