BB teve lucro recorde de R$ 2 bi no ano passado

Brasília – O Banco do Brasil (BB) obteve no ano passado o maior lucro líquido da sua história. O resultado de R$ 2,028 bilhões é 87,4% superior ao registrado em 2001. Atualmente o BB é o maior banco do País em ativos, em administração de recursos de terceiros, depósitos, segmento comercial de câmbio e em clientes. Também no lucro a instituição conseguiu superar o Bradesco, seu principal concorrente, que fechou 2002 com um resultado positivo de R$ 2,023 bilhões.

O desempenho de 2002 corresponde a um retorno de 22,6% sobre o patrimônio líquido, que em dezembro alcançou R$ 9,197 bilhões. O lucro para os acionistas, por lote de mil ações, será igual a R$ 2,77. Do total do lucro líquido obtido no ano, o Banco do Brasil vai distribuir R$ 579,5 milhões aos acionistas a título de dividendo. Isso é mais do que o dobro do que foi distribuído no ano anterior.

O Tesouro Nacional, acionista controlador do banco, com 71,8% das ações, ficará com a maior fatia: R$ 416 milhões. Como o BB já distribuiu a parcela do lucro referente ao primeiro semestre, a União receberá R$ 195 milhões do segundo semestre. Na divulgação do balanço, o novo presidente da instituição, Cássio Casseb Lima, elogiou seus antecessores.

O gerente de Relações com os Investidores, Marco Geovanne, destacou que o BB obteve esse resultado mesmo depois de fazer uma provisão pesada para créditos de liquidação duvidosa. Em um ano, o BB aumentou em 40,3% essa provisão, que passou de R$ 2,655 bilhões para R$ 3,726 bilhões. Em dezembro, o BB tinha cobertura de 177% para as operações de crédito com mais de 60 dias de vencimento. “Fomos mais conservadores do que o Banco Central exige”, disse.

De um ano para o outro, a carteira de crédito cresceu 26 4%, passando de R$ 49,894 bilhões em 2001 para R$ 63,051 bilhões em 2002. O gerente de Relações com os Investidores garantiu que essa expansão foi feita de forma sustentável, sem crescimento da inadimplência. De acordo com Geovanne, o porcentual de operações vencidas sobre o total da carteira caiu de 7,4% para 6%.

As receitas de prestação de serviços cresceram 18,5%, enquanto ficou praticamente estável a despesa com pessoal, apesar do crescimento dos pontos de atendimento e da oferta de serviços. O índice de Basiléia, que mede se a instituição financeira tem capital próprio suficiente para bancar o risco das operações de crédito que carrega, ficou em 12,2% ao final de 2002, acima dos 11% exigidos pelo BC.

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