Acordo

Bancos privados e BB encerram greve

Depois da proposta de acordo oferecida anteontem pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a greve dos bancários, que já durava duas semanas, terminou, ontem, nas instituições financeiras privadas e no Banco do Brasil, em Curitiba e outras cidades do Paraná.

A partir de hoje, portanto, a maioria das agências já deve voltar a funcionar normalmente. Para a Caixa Econômica Federal, contudo, não havia definição até o fechamento desta edição.

No caso da Caixa, a recomendação do comando nacional grevista era pela continuidade da greve, já que as negociações nacionais, que são feitas em separado para pontos específicos, não avançaram na reunião de ontem à tarde, em São Paulo.

Ao longo do dia de ontem, bancários de várias regiões do Estado realizaram assembleias e acataram a recomendação do Comando Nacional, aprovando os termos oferecidos pelos bancos privados e o Banco do Brasil.

Nas regiões de Ponta Grossa, Maringá e Cianorte, as assembleias aconteceram pela manhã, com os bancários aprovando a proposta e concordando com o retorno ao trabalho. Em Curitiba e outras cidades, as reuniões aconteceram à noite.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro no Estado do Paraná (Fetec-PR), Elias Jordão, o acordo com os bancos foi uma vitória. O acordo envolve um aumento de 6% nos salários e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros pontos, como a ampliação da licença maternidade para seis meses em todos os bancos, além de isonomia de alguns benefícios para casais homoafetivos. Os dias parados não deverão ser descontados, mas compensados até 15 de dezembro.

De acordo com Jordão, as agências não devem demorar para colocar os trabalhos em dia. “Além do contingenciamento que já aconteceu durante a greve, a maioria dos clientes utilizou os serviços de autoatendimento, de lotéricas, correspondentes bancários e via internet”, afirma.

Mesmo assim, ele prevê filas nos primeiros dias de funcionamento após a greve, devido ao movimento de pessoas que não conseguiram resolver suas pendências por outros meios. Segundo ele, não está prevista nenhuma extensão do horário de funcionamento das agências, como forma de absorver as possíveis filas nos próximos dias.