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Bancos na contramão do Código de Defesa do Consumidor

Para a coordenadora da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon-PR), Claudia Silvano, os bancos ferem vários artigos do Código de Defesa do Consumidor ao oferecerem apenas os produtos mais rentáveis para as instituições. “Empurrar o que é melhor para o banco, sem garantir o direito do consumidor de fazer uma escolha consciente sobre aquilo que ele acredita ser o melhor vai de encontro ao Código. Escolha consciente só é feita com acesso a informação clara, precisa e ostensiva. Do contrário, é uma escolha com vícios”, condena.

Ela reconhece que é difícil comprovar esse tipo de prática nos bancos, já que muitas vezes a prova é testemunhal e, por esta razão, sugere que as pessoas solicitem por escrito a análise do gerente sobre os investimentos. “Se o consumidor tiver um documento assinado pelo gerente que indica um tipo de investimento em detrimento do outro, apresentando os argumentos, dá para comprovar”, recomenda. A coordenadora reconhece, no entanto, que a prática não é usual, assim como o registro de reclamações dessa espécie nos órgãos de defesa do consumidor. “O conhecimento financeiro dos brasileiros é tão pequeno que os impede de se defenderem das estratégias bancárias com foco em uma lucratividade excessiva”, constata.

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