Bancos americanos tomam mais empréstimos do Fed

Os bancos tomaram mais empréstimos da janela de redesconto do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) esta semana. Os recursos totalizaram US$ 7,386 bilhões, de US$ 1,338 bilhão em 5 de setembro, US$ 1,357 bilhão no último dia 29 e US$ 2,262 bilhões em 22 de agosto. A taxa de redesconto é usada pela autoridade monetária para conceder empréstimos de curto prazo a instituições com escassez de liquidez.

A média diária de empréstimos na semana encerrada ontem foi de US$ 3,158 bilhões. A média na semana anterior havia sido de US$ 1,341 bilhão. A média diária de empréstimos primários até esta quarta-feira somou US$ 2,932 bilhões. O crédito sazonal ficou em US$ 226 milhões.

O Fed divide os empréstimos da janela de redesconto em três categorias: primário, secundário e sazonal. O primário é concedido a bancos que a autoridade monetária considera em "condições financeiras geralmente saudáveis". O secundário é usado por instituições que não se qualificam para o primário. O sazonal é usado por bancos em áreas agrícolas ou de resorts.

A autoridade monetária tem efetivamente estimulado o uso do redesconto no recente aperto na liquidez, enquanto busca reativar os mercados de crédito de curto prazo, incluindo commercial papers (títulos de curto prazo emitidos por instituições financeiras de primeira linha), que haviam ficado virtualmente paralisados.

Surpresa

Em 17 de agosto, o Fed surpreendeu os mercados com um corte fora de sua reunião ordinária de 0,50 ponto na taxa de redesconto, que cobra das instituições que tomam empréstimos diretamente do banco central, para 5,75%. O Fed também ampliou o prazo do crédito de um dia para 30 dias.

O BC norte-americano não dá detalhes sobre quem tomou os empréstimos ou montantes, além da média semanal e dos dados de quarta-feira. Como os dados são divulgados de uma maneira não-transparente, no entanto, é possível que outros bancos tenham tomado empréstimos do Fed sem divulgar. Os créditos são tipicamente pagos de volta no dia seguinte, embora o Fed tenha ampliado o prazo de pagamento para 30 dias.

Commercial papers

Num sinal de que o estresse nos mercados da dívida de curto prazo pode estar diminuindo, o nível de commercial papers em circulação nos EUA caiu num volume muito menor esta semana, na comparação com as quatro anterior. O total de commercial paper caiu US$ 8,2 bilhões para uma base ajustada sazonalmente de US$ 1,917 trilhão. Foi o menor declínio desde que a crise de aperto no crédito começou há um mês. Na semana passada, o declínio havia sido de US$ 54,1 bilhões. No pico do aperto no crédito os declínios semanais superavam US$ 90 bilhões. As informações são da agência Dow Jones.

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