Prepare o bolso!

Banco Central: Focus eleva previsão para inflação em 2015

Na semana de poucos dias úteis por causa do feriado de carnaval, também foram mais tênues as mudanças de projeções do Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central. Mesmo assim, elas ocorreram. Segundo o documento, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará o ano em 7,33%, e não mais em 7,27% como aguardava o mercado no levantamento anterior. Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 6,99%. Esta é a oitava semana consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA de 2015.

A expectativa de que o BC não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto da meta de 6,50% também pode ser vista no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões. Para esses profissionais, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior da meta, mas permaneceu em 7,12% como na semana passada. Quatro semanas atrás, estava em 6,86%.

Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,60% pela quarta semana seguida. No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem também ficou inalterada em 5,65% – um mês antes estava em 5,60%.

O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016. Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas. Passaram, no entanto, de 6,56% para 6,55% de uma semana para outra, ante 6,69% de um mês antes.

É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, os analistas preveem que o IPCA suba 1,04% em fevereiro – na semana anterior estava em 1,02% e quatro antes, em 1,00%. Para março, é aguardada uma pequena desaceleração da taxa, que deve ser de 0,79%. Na semana anterior, porém, a mediana das previsões estava mais baixa, em 0,70% e um mês antes, em 0,60%.