Bancários pedem mais salário e redução da jornada

Os bancários querem 25% de reajuste salarial. A reivindicação foi aprovada na Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizada neste final de semana. Segundo os bancários, este percentual é o necessário para repor a inflação do último ano, além de conceder um reajuste real de salário.

Outra reivindicação é que o piso da categoria – hoje de R$ 702,66 – seja calculado com base no salário mínimo do Dieese, estimado em R$ 1.421,62 por mês. Os bancários também querem reduzir a jornada diária de trabalho para 5 horas. Além disso, reivindicam a ampliação do horário de funcionamento dos bancos, para das 9h às 17h.

Dessa forma, pelos cálculos da categoria, seria possível abrir 150 mil novos postos de trabalho, já que os bancos precisariam funcionar em dois turnos de trabalho.

Também ficou decidido na conferência que a campanha salarial dos bancários será unificada, ou seja, valerá tanto para os trabalhadores do setor privado como para os das estatais.

A pauta de reivindicação da categoria deverá ser entregue para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) no dia 17.

“O índice de 25% deve recompor o poder de compra dos bancários e dialoga com outras categorias da CUT no sentido de recomposição dos salários”, disse o presidente da CNB (Confederação Nacional dos Bancários), Vagner Freitas.

Lucros

O novo presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo afirmou que os bancos alcançaram no primeiro trimestre do ano uma lucratividade 23,4% superior ao mesmo período do ano passado.

“A rentabilidade patrimonial das onze maiores instituições financeiras do País foi de 18,5% em 2003, ou seja, os bancos fazem parte do setor que mais cresce na economia e podem conceder o reajuste”, disse Marcolino.

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