Os bancários de Curitiba estão em estado de greve. Ontem, a movimentação da categoria por melhorias salariais, provocou o fechamento – pela manhã – dos três principais centros administrativos bancários da capital: HSBC Palácio Avenida, Banco do Brasil da praça Tiradentes e Caixa Econômica Federal da praça Carlos Gomes. Nestes centros também funcionam agências bancárias de grande circulação de clientes. A mobilização envolveu mais de 3.000 bancários.
Desde às 6 horas da manhã, os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e da Fetec-PR se posicionaram diante dos bancos, motivados pela intransigência dos banqueiros que pela terceira vez consecutiva se recusaram a negociar com a categoria.
Na terça-feira, em São Paulo, mais uma vez a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não apresentou proposta de índice de reajuste salarial aos bancários. A desculpa é que ainda analisam custos totais. Sem possibilidades de negociação, a categoria está mobilizada em todo o País. Devem ocorrer paralisações nas principais capitais para mostrar a força e a união dos bancários.
Desde o dia 28 de agosto, dia do bancário, a categoria realiza atos nos principais centros administrativos e agências de Curitiba, em vários bairros e também na região metropolitana para conscientizar a população e alertar para paralisações e greve. A assembléia-geral realizada anteontem à noite, na Sociedade Thalia, aprovou o estado de greve e a intensificação das paralisações.
Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Marisa Stedile, a negociação prevista para hoje será acirrada. ?Não vamos aceitar negociação sem ganho real e PLR condizente com os lucros dos bancos?, disse ela.