Brasília – A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 2,480 bilhões em setembro, o maior resultado positivo mensal na história do país. No acumulado do ano, o superávit atingiu US$ 7,858 bilhões. Por isso, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, informou que está revendo a meta de superávit de US$ 8 bilhões para este ano. O Ministério espera agora um superávit comercial de US$ 9 bilhões a US$ 9,5 bilhões em 2002.
Em setembro, as exportações somaram US$ 6,492 bilhões e as importações, US$ 4,012 bilhões. No acumulado nos 12 meses até setembro, a balança comercial teve superávit de US$ 9,245 bilhões.
O ministro estima que o saldo da balança comercial poderá ter um acréscimo entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões no próximo ano. Somados aos US$ 9,5 bilhões estimados para este ano, em 2003, o saldo positivo poderia atingir até US$ 14,5 bilhões.
O ministro ressaltou que o Brasil conseguiu ganhar novos mercados e, assim, aumentar as exportações, apesar do cenário internacional desfavorável e, especialmente, da queda das importações argentinas. Amaral reconheceu que a balança também está apresentando um bom desempenho em razão do desaquecimento da atividade econômica brasileira. “Estamos importando menos. Mas o mundo inteiro também está importando menos”, avaliou.
Em setembro, as vendas de produtos básicos apresentaram um crescimento de 71,4% em relação ao mesmo período do ano passado. E a soja foi, mais uma vez, a principal responsável pelo superávit da balança comercial. Em setembro, a soja em grão respondeu por quase 12% do total de exportações brasileiras, enquanto o farelo representou 6,3% da pauta. O valor exportado de básicos também é recorde na história do país: US$ 769 milhões, contra US$ 280 milhões.