A produção de frango no Paraná registrou crescimento de 5,4% de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de cabeças abatidas passou de 239,7 milhões para 252,7 milhões. Com esse desempenho, o Paraná se manteve como maior produtor do País, com participação de 19,2% (480,1 mil toneladas) no total de abates do quadrimestre (2,4 milhões de toneladas). No balanço dos quatro primeiros meses, a produção avícola brasileira aumentou 6% sobre igual período de 2002. Os dados são do Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar).

Em abril foram abatidas 61,9 milhões de aves no Estado, o que representa um ligeiro aumento de 0,29% sobre o mês anterior (61,7 milhões de unidades), enquanto no País houve queda de 3,48%. Mesmo assim, a produção paranaense de frangos superou em 19% o resultado do segundo maior produtor, Santa Catarina (52 milhões de cabeças) e em 26,5% o do Rio Grande do Sul (48,9 milhões de cabeças). Em volume, foram abatidas 117,7 mil toneladas no Paraná, o que representou 18,8% do total nacional (624,3 mil toneladas). Na comparação com abril de 2002 (63,1 milhões de cabeças), o desempenho estadual foi 1,86% inferior e o brasileiro cresceu 2,28%.

Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, o bom desempenho se deve à entrada de novas plantas industriais (abatedores), que contam com mais tecnologia e desenvolvem serviços diferenciados, como cortes especiais. “É quase tudo voltado para a exportação”, destacou Martins, acrescentando que duas cooperativas do interior devem começar a produzir frango pré-cozido para o mercado externo.

Aliás, exportar mais é uma das principais metas da categoria. De acordo com Martins, a idéia é aumentar em 50% o valor exportado no ano passado, que foi de US$ 331 milhões no Paraná. Os principais destinos da carne de frango são os países da Ásia e Europa. “O Paraná apresenta uma das melhores qualificações para exportar. Tudo vai depender de como vai convergir o câmbio”, comentou. Apesar de recentes reclamações de exportadores brasileiros quanto à desvalorização do dólar, Martins diz que a moeda pode baixar até R$ 2,70 que não haverá prejuízos. De 2001 para 2002, o volume de produção paranaense de frango direcionado aos outros países passou de 25% para 27,4%.

Fatores internos

Para Martins, o desempenho do Paraná só não foi melhor porque o Frigorífico Chapecó, em Cascavel, um dos maiores do Estado, praticamente parou este ano, provavelmente por fatores internos. Em abril do ano passado, o frigorífico abateu 4,2 milhões de cabeças, em 2003 diminuiu a produção para 2,8 milhões em fevereiro, deu férias coletivas aos funcionários em março e somente no final de abril retomou as atividades, agora gerenciado pela Globo Aves.

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