Pesquisa divulgada ontem pela PricewaterhouseCoopers mostra que as transações de fusões e aquisições voltaram a subir, depois de meses em queda. De janeiro a julho de 2004, a consultoria registrou um aumento de 50% nas operações de aquisição de controle por estrangeiros, em comparação com o mesmo período de 2003. De acordo com o levantamento, esse índice se equipara ao de 2001, que foi de 44%. No entanto, ainda é muito inferior aos 70% registrados em 1999. Ao todo, foram 47 aquisições por empresas estrangeiras em 2004, contra 31 no ano passado.
Os analistas afirmam que a retomada dos negócios ocorreu em junho e julho, como conseqüência do reaquecimento da economia brasileira e da revisão da perspectiva de crescimento do Brasil. Esse cenário positivo teria sido suficiente para compensar a queda das fusões e aquisições nos meses anteriores.
Entre as operações de aquisição que ocorreram em julho, a Price cita a aquisição, pela holandesa SHV Calor Latin America BV, dos 51% restantes de capital da Supergasbras. Ela já tinha 49% do capital e pagou US$ 100 milhões pelo restante.
Ainda em julho, a Dixie Toga, por meio de sua controlada Itap Bemis, comprou a unidade de embalagens flexíveis da Alcoa Alumínio, Itaipava, no Rio de Janeiro.
No mesmo mês, a Coimbra, do grupo francês Louis Dreyfus, adquiriu a unidade de açúcar e álcool da São Carlos Usina Açucareira de Jaboticabal. Entre as fusões ocorridas no mesmo período está a joint venture formada pelo Itaú e o Pão de Açúcar para oferecer serviços financeiros aos clientes da rede varejista.