Augustin afirma que governo mantém meta do superávit

O governo mantém o objetivo de alcançar o superávit primário para este ano, de R$ 139,8 bilhões ou o equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). “No momento, não estamos avaliando mudança da meta cheia do superávit primário. Mas estamos fazendo política fiscal para aumentar o crescimento”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, depois de participar nesta sexta-feira de um evento na sede da BM&F Bovespa, na capital paulista.

“O governo lançou uma série de medidas com impacto fiscal, com redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), desoneração da folha de pagamentos. E nós vamos continuar a fazer política fiscal”, declarou.

Na avaliação dele, o resultado do superávit primário no primeiro quadrimestre “é forte” e permite que se mantenha a meta do superávit deste ano. “Estamos com mais de R$ 40 bilhões e a meta do quadrimestre era de R$ 24 bilhões.” Segundo ele, não é correto dizer que o resultado de janeiro a abril está abaixo da média dos últimos oito anos. Augustin frisou que o dado no período só é menor do que o apurado em 2008, quando foi 0,5 ponto porcentual do PIB acima do previsto pelo Poder Executivo na época.

Questionado pela Agência Estado se o fraco avanço de 0,2% do PIB no primeiro trimestre vai demandar aumento do ritmo da Formação Bruta de Capital Fixo, Augustin ressaltou que o governo vai aumentar significativamente os investimentos em 2012. “A velocidade dos investimentos depende muito mais do cronograma de obras, de a infraestrutura ocorrer, resolver bem questões ambientais”, acrescentou.

Desembolsos

Não há definição para o cronograma de desembolsos do governo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano, que pode chegar até R$ 45 bilhões. “Não há nada definido sobre isso”, afirmou Augustin, citando que o Poder Executivo não vai acelerar a liberação de recursos públicos para o banco de fomento a fim de estimular o PIB do País.

Augustin disse que o governo não tem qualquer restrição financeira para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Esperamos que cresça o desembolso para investimentos. Isso vai melhorar.”