Atuação de Cartaxo na Receita é alvo de observação

No cargo de secretário da Receita há uma semana, Otacílio Cartaxo passa por um período de observação por seus superiores e seus subordinados. Na cúpula do governo, há dúvidas se as insatisfações que levaram à demissão de Lina Maria Vieira serão superadas pelo novo comando. Afinal, Cartaxo era o braço direito de Lina e a tendência é que seu trabalho seja a continuidade do que vinha sendo feito.

Na máquina da Receita, a chegada de Cartaxo foi recebida com certo alívio. Ele é funcionário de carreira, o que é visto como uma opção melhor do que alguém “de fora”. Após a demissão de Lina, houve especulações em torno de nomes como os atuais secretários do Tesouro, Arno Augustin, de Política Econômica, Nelson Barbosa, e executivo, Nelson Machado, além de Márcio Pochmann, atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Paulo Nogueira Batista Júnior, atual representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

A escolha de Otacílio Cartaxo também agradou a boa parte dos funcionários originários da antiga Receita Federal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, esteve muito próximo de nomear o atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Simão, para comandar a atual Receita – que é resultado da fusão entre a antiga Receita Federal e a parte arrecadatória da Previdência Social. Mantega recuou porque havia uma ameaça de rebelião da ala originária da Receita Federal contra um comando vindo da Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.