Ainda faltam três meses para o fim do ano, mas para os artesãos o tempo é de muito trabalho. De olho no período de festas, eles estão trabalhando a pleno vapor para atender pedidos que já estão sendo feitos por lojistas e fazer estoque para a melhor época do ano no comércio. Curitiba tem 1.650 artesãos que atuam em 23 feiras de artesanato.

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Sirlei Maria Marquetti, que há 15 anos trabalha na Feira de Artesanato da Praça Garibaldi, mais conhecida como Feirinha do Largo da Ordem, acredita que as vendas para o próximo Natal serão melhores do que em anos anteriores.

A expectativa, segundo ela, deve-se às encomendas de lojistas que neste ano começaram a ser feitas com um mês de antecedência. ?Todos os anos, as encomendas começam em outubro, mas já estou recebendo pedidos desde o início de setembro?, conta.

Com os pedidos antecipados, Sirlei está intensificando sua produção de anjos feitos com uma tela especial e que podem decorar árvores, móveis e servir como porta-guardanapos. A meta é confeccionar 3 mil anjos, de vários tamanhos, que são vendidos para clientes em cidades do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso. Paralelamente, a artesã produz roupas de bebê feitas com lã e fio, que são comercializadas o ano todo.

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Para o artesão Augusto Manoel Camargo Ribas, o trabalho começou bem mais cedo. Desde fevereiro, ele vem produzindo os arranjos natalinos, feitos em macramé, e que são vendidos na Feira do Largo da Ordem, onde trabalha há 27 anos. ?Minha casa está virada num depósito?, conta.

Ribas trabalha sozinho e calcula que até dezembro terá que produzir 3,5 mil peças para atender sua clientela. Metade da produção é destinada a lojistas de Curitiba e de cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. O artesão conta que já está expondo os arranjos na feira desde junho, mas que as vendas irão se intensificar em outubro e novembro.

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Santo Antônio Strapasson também produz o ano inteiro arranjos natalinos em macramé e guirlandas de madeira. ?Começo a fazer a base dos arranjos no início do ano e depois de julho passo a decorá-los com cedros e hortênsias alvejadas e tingidas?, explica. Para o trabalho, o artesão conta com a ajuda da mulher, Marlene. O esforço compensa, segundo ele, já que o rendimento da feira mantém as despesas de toda a família.