Uma enorme variedade de produtos artesanais e atividades culturais é o que o público curitibano irá encontrar na 24.ª Feira Internacional de Artesanato (Feiarte), que teve início na última sexta-feira (14) e segue até o próximo domingo (23), no Centro de Exposições. O evento apresenta produtos de mais de 200 expositores, sendo 15 de outros estados brasileiros e 20 de outros países.
Para hoje, estão previstas apresentações de danças folclóricas, além de Oficinas gratuitas de artesanato. Entre os destaques está a apresentação dos Bonecos de São José dos Pinhais, que retrata a “melhor seleção brasileira de todos os tempos”.
Para esta edição, a Feiarte conta ainda com exposições de quadros e fotos em 3D, que poderão ser tiradas na hora, além de o único cinema 3D itinerante do Brasil, que desta vez exibe o filme “O planeta pede socorro”, que traz mensagens ecológicas e clipes divertidos. Durante os nove dias da feira, que já se tornou a mais tradicional do segmento, a expectativa é de que 60 mil pessoas circulem pelos estandes.
Segundo a coordenadora da Feiarte, Lourdes Makowechy, a feira é uma oportunidade para fomentar o intercâmbio cultural entre expositores e visitantes. “Através da peça artesanal você conhece a cultura, tanto dos países quanto dos estados que participam da feira”, afirma Lourdes. A exemplo, ela ressalta as apresentações de danças folclóricas que vão desde a tradicional gaúcha até a oriental dança do ventre.
Segundo Lourdes, a Feiarte salienta um dos setores que mais cresce na economia nacional. Ela ressalta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Vox Populi com o Instituto Cetro Cape, que constatou um aumento de cerca de 30% no faturamento dos artesãos brasileiros entre 2008 e 2009. Atualmente, o setor conta com 8,5 milhões de artesãos no País, que movimentam cerca de R$ 52 bilhões ao ano.
A partir desse ano, a Feiarte passa a homenagear um país e um estado brasileiro. Os primeiros homenageados são o Uruguai e o estado de Pernambuco, que contam com estandes especiais, com decoração típica, imagens e músicas que representam a cultura e os costumes de cada região. São 12 artesãos uruguaios, que trazem artigos que vão de peças semipreciosas, passando por artigos de ferros, lã e madeira, até os produzidos com cabaça ou macramê – tecido desenvolvido a partir de uma técnica de tecelagem sem máquinas.
A Feiarte ainda traz para Curitiba outros 15 artesãos pernambucanos. Tecidos feitos à mão, também conhecidos como renascença, tapetes, xilografias, cerâmicas, peças feitas em patchwork. Para a responsável pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Cristina Ferraz, o artesanato reflete um pouco da cultura de Pernambuco. “Essa é uma oportunidade também para divulgar o turismo de Pernambuco”, diz.
Para a Yara Nóbrega da Cunha, gerente de Artesanato da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, a expectativa dos expositores é tida como positiva, devido à grande divulgação do evento. “Eventos como esse são importantes para levar o artesanato pernambucano para outros estados, abre outros mercado, como no caso do Paraná, onde estivemos há 2 anos atrás”, revela. Yara afirma que para esta Feiarte, a agência procurou trazer o melhor do artesanato de representações de todo o estado de Pernambuco. “Temos aqui produtos de todas as regiões, da zona da mata ao litoral”, conta.
A visitação à 24ª Feiarte fica aberta das 14h às 22h, de segunda a sábado, e das 14h às 21h aos domingos. O preço do ingresso é de R$ 8, sendo que menores de 12 anos não pagam e maiores de 60 anos pagam somente R$ 4.