economia

ANP: bacia do Paraná é a nova Paranaíba, que gera 1,5 GW com gás

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Décio Oddone, avalia que a bacia do Paraná, que será oferecida na quarta-feira, 27, na 14ª Rodada de Licitações de áreas de petróleo e gás natural, tem potencial para se tornar a próxima bacia do Paranaíba, caso de sucesso da união da exploração de gás natural com a produção de energia elétrica.

“Hoje, a Eneva está gerando 1,5 gigawatt, com gás natural na bacia do Paranaíba. Quando (a área) estava na Petrobras, ninguém acreditava, agora está lá produzindo. Paraná é a próxima Paranaíba, e próxima à região de maior consumo de energia do País”, afirmou.

Ele lembrou ainda que há dez anos não eram ofertadas áreas nas bacias de Campos e Santos (águas rasas), o que pode também atrair muitas empresas no leilão, e que inclusive a Petrobras já manifestou interesse me renovar o portfólio. “São áreas muito desejadas, vão chamar a atenção”, afirmou. “A falta de leilões por pouco não faz o Brasil registrar queda na produção de petróleo nos últimos anos”, disse o executivo, já que as novas descobertas ficaram praticamente nas mãos da Petrobras.

Ele informou que se não fosse a 2ª Rodada de Licitação, em 2000, que vendeu o campo de Lula, hoje produzindo 1,5 milhão de barris de óleo equivalente diários, provavelmente a curva de produção no País seria decrescente.

“Nós tivemos uma abertura em 1997 muito bem sucedida, atraímos mais de 100 empresas para explorar petróleo e gás no Brasil . A descoberta do pré-sal foi reflexo dessa abertura”, explicou Oddone.

Ele avalia que foi um retrocesso as medidas tomadas pelo governo em 2010, transformando a Petrobras em única operadora do pré-sal, região cobiçada por toda a indústria do petróleo. Com isso, segundo ele, apenas a Petrobras era um player importante no Brasil, e só ela contratava bens e serviços em escala relevante. “É o reflexo desse conjunto de iniciativas (de 2010) que estamos vendo agora: redução na atividade e o impacto brutal que isso teve na contratação de bens e serviços no Brasil, expectativas que não foram materializadas e redução radical dos royalties”, explicou

Voltar ao topo